A retomada das atividades industriais após o recesso, devido à crise do Corona vírus, está enfrentando uma outra crise: a de falta de matéria prima. Em muitos países, como a China, o consumo não diminuiu e segue aquecido importando commodities e produtos brasileiros. Devido a isso, a indústria nacional teve um aumento de demanda expressivo onde, de acordo com a CIN (Confederação Nacional das Indústrias), 68% das empresas estão com dificuldades de comprar matéria prima no mercado nacional e importado. Além disso, dentre elas 82% relataram alta nos preços o que resulta em reajustes de seus preços e em alguns casos diminuição de suas margens. Esta pesquisa foi realizada com 1.855 empresas que também comentaram optar por reduzir seus estoques durante a pandemia, feitiço que parecia assertivo na época, mas que acabou virando contra o próprio feiticeiro.
Dentre os principais problemas para atender seus clientes, as empresas listaram:
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Falta de estoques (47%)
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Procura maior que a capacidade de produção (41%)
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Incapacidade de aumentar a produção (38%)
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Problemas de logística (13%)
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Inadimplência dos clientes (4%)
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Outros (2%)...
Estes números demonstram principalmente a situação das empresas de pequeno porte que, com menor poder de barganha, são a segunda ou terceira opção de entrega de matéria prima na lista dos distribuidores. Por exemplo, no segmento eletrônico os componentes estão alocados em escala global para gigantes como Apple e Samsung enquanto que pequenas indústrias eletrônicas tendem a conviver com a falta deles.
Para piorar, a previsão de normalização está para abril de 2021, devido a possível segunda onda de casos de Corona vírus e ao tempo necessário para as empresas se estruturarem e conseguirem suprir a atual demanda global.
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